As falhas podem ser exploradas por cibercriminosos para roubar dados, aplicar golpes financeiros e até espionar a navegação dos usuários.


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Mais de 90 extensões populares do Google Chrome, utilizadas por milhões de pessoas, foram encontradas com falhas de segurança graves que colocam em risco os dados dos usuários. A descoberta foi feita pela equipe de tecnologia da Symantec — que identificou desde senhas e chaves de API deixadas visíveis no código, até o envio de informações pela internet sem criptografia.

As falhas podem ser exploradas por cibercriminosos para roubar dados, aplicar golpes financeiros, manipular informações e até espionar a navegação dos usuários. Muitas dessas extensões são promovidas como ferramentas de segurança e privacidade.

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O primeiro relatório da Symantec mostrou que várias extensões armazenam segredos como tokens e credenciais diretamente no código, algo que facilita o uso indevido por terceiros. As mais populares:

Avast Online Security (7 milhões de usuários) e AVG Online Security (600 mil usuários): expõe chaves do Google Analytics, o que permite a manipulação de dados de acesso ou aumento artificial de tráfego.

Equation – Math Made Digital (5 milhões): revela uma chave do serviço de voz da Microsoft Azure, que pode ser usada indevidamente, gerando prejuízos ao desenvolvedor.

Awesome Screenshot (3 milhões) e Scrolling Screenshot Tool (400 mil): deixam visíveis credenciais da nuvem AWS, o que pode permitir o envio de arquivos maliciosos aos servidores.

Trust Wallet (1 milhão): inclui uma chave de API usada em transações financeiras com criptomoedas — um risco direto aos usuários.

Antidote Connector (1 milhão) e outras extensões com a biblioteca InboxSDK vazam chaves de acesso ao Gmail, o que pode permitir envio de spam ou acesso indevido.

Envio de dados sem criptografia

No segundo relatório, a Symantec destacou algumas das populares extensões que ainda usam HTTP em vez de HTTPS, transmitindo dados sensíveis em texto simples. Isso facilita o trabalho de invasores que usam técnicas de invasão comuns em redes Wi-Fi públicas.

SEMRush Rank (30 mil) e PI Rank: transmitem o site acessado pelo usuário por HTTP, permitindo que terceiros vejam sua navegação.

Browsec VPN (mais de 6 milhões): envia informações a diversos serviços não criptografados.

MSN New Tab (500 mil) e MSN Homepage (10 mil): revelam dados do sistema do usuário, facilitando o rastreamento entre sessões.

DualSafe Password Manager (300 mil): manda informações analíticas via HTTP, sem criptografia.

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A Mídia Segura pesquisou por algumas das extensões citadas e analisou que a maioria delas possuem o selo destaque do Google com notas de avaliação acima de 4,4. Algumas desenvolvedoras já corrigiram os problemas após serem notificadas.