Segundo o comissário da eSafety, Rotondo se recusou em remover “imagens íntimas” de várias figuras públicas femininas na internet.


CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

O regulador de segurança online da Austrália está buscando aplicar uma multa de até US$ 450 mil a Anthony Rotondo, acusado de divulgar imagens deepfake de mulheres australianas famosas em um site de pornografia.

Segundo o comissário da eSafety, Rotondo se recusou em remover “imagens íntimas” de várias figuras públicas femininas, cujos nomes foram mantidos sob sigilo pelo tribunal. As imagens foram postadas no site MrDeepFakes, que já foi desativado.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Rotondo inicialmente se recusou a cumprir uma ordem de remoção das imagens enquanto estava nas Filipinas. O processo foi iniciado após seu retorno à Austrália. Em dezembro de 2023, ele foi considerado culpado por desacato ao tribunal, após admitir que descumpriu ordens judiciais. Posteriormente, ele forneceu sua senha para permitir a remoção do conteúdo.

De acordo com um porta-voz do comissário da eSafety, a penalidade proposta busca refletir “a gravidade das violações e os impactos significativos sobre as mulheres visadas”. Ainda segundo o representante, a multa servirá como um alerta para desencorajar comportamentos semelhantes.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A eSafety destacou que a criação e o compartilhamento não consensuais de imagens deepfake explícitas têm causado sofrimento psicológico e emocional significativo às vítimas. A audiência para determinar a penalidade foi realizada recentemente, e a decisão do tribunal ainda está pendente.

Leis federais aprovadas em 2024 criminalizam especificamente a produção e disseminação de deepfakes explícitos. Em julho do ano anterior, durante uma apresentação ao Senado sobre o projeto de lei, a comissária da eSafety, Julie Inman Grant, alertou para o aumento alarmante desse tipo de conteúdo.

“O abuso baseado em imagens deepfake não só está se tornando mais comum, mas também é muito sexista e extremamente angustiante para a vítima-sobrevivente”.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A comissão destacou ainda que “surpreendentemente, milhares de aplicativos de IA de código aberto se proliferaram online — e geralmente, são gratuitos e fáceis de usar por qualquer pessoa com um smartphone. Portanto, esses aplicativos tornam a tarefa simples e gratuita para o agressor, enquanto o custo para o alvo é uma devastação persistente e incalculável”, concluiu.

Com informações: The Guardian