Os “profissionais da pedofilia”, se passavam por gerenciadores de mídia social e fotógrafos, prometendo crescimento em troca de ensaios.
Uma investigação conduzida pelo The New York Times revelou um esquema em que potenciais pedófilos estavam se infiltrando na indústria de influência infantil. Apresentando-se como fotógrafos ou especialistas em mídias sociais, esses homens conseguiam se aproximar de crianças com o consentimento de suas famílias, explorando a vulnerabilidade e o desejo de fama digital.
Entre os envolvidos, Michael Allen Walker, atualmente cumprindo uma pena de 20 anos por exploração sexual infantil, prometia às mães que suas filhas ganhariam seguidores no Instagram sob sua orientação. Ele operava seu esquema diretamente de uma prisão estadual, utilizando o aplicativo de mensagens Telegram para se gabar de ter acesso a fotos sensuais de influenciadores infantis.
Os criminosos geralmente buscavam ganhar a confiança das famílias com propostas aparentemente inocentes, como sessões fotográficas sem nudez explícita. Em outros casos, ofereciam dinheiro por roupas usadas das crianças ou fotos não disponíveis publicamente nas redes sociais.
Ryan Daniels, porta-voz da Meta, afirmou que existem proteções específicas para contas de adolescentes, como a limitação de interações com desconhecidos e configurações controladas pelos pais. No entanto, a exposição de crianças na internet ainda é motivo de preocupação e exige cuidados redobrados por parte das famílias.
Como proteger as crianças nas redes sociais
- Evite compartilhar informações pessoais: não publique detalhes como endereço, nome da escola, ou horários das crianças. Esses dados podem ser usados por pessoas mal-intencionadas.
- Configure contas para maior privacidade: certifique-se de que as contas de redes sociais das crianças estejam configuradas como privadas, permitindo o acesso apenas a pessoas conhecidas e familiares.
- Supervisione as interações online: monitore perfis que segue e interage com as contas das crianças. Bloqueie imediatamente qualquer comportamento suspeito ou inadequado.
- Limite a exposição de imagens: evite postar fotos de crianças em trajes que possam atrair atenção indevida, como roupas de banho ou vestimentas muito curtas. Prefira compartilhar imagens em ambientes neutros e que não revelem localização.
- Eduque sobre segurança digital: converse com as crianças sobre os perigos da internet e a importância de não compartilhar informações ou fotos com estranhos.
- Use ferramentas de controle parental: utilize aplicativos e configurações disponíveis em redes sociais e dispositivos para limitar acessos e acompanhar as atividades online.
- Desconfie de ofertas muito boas: seja cético em relação a propostas de “gerenciamento de mídia social” para crianças na internet, especialmente vindas de desconhecidos. Verifique a reputação de qualquer profissional ou empresa que se aproxime.
Para aqueles que quiserem aprender mais sobre segurança digital, conscientização e outros temas relacionados à segurança no ambiente virtual, existe um site chamado Gabb Wireless (está em inglês) — nele, você aprende temas sobre segurança online e confere avaliações sobre aplicativos voltados ao público infantil, além de outros temas para jovens e adolescentes.
Com informações: TechCrunch e The New York Times