Nesse artigo, você confere uma breve reflexão sobre conteúdo gerado por inteligência artificial e suas consequências.


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Eu tenho o hábito de pesquisar e ler notícias sobre tecnologia todos os dias. Sim, eu leio muitos artigos sobre diversos assuntos relacionados a tecnologia. De 10 artigos que leio, todos os dias, pelo menos 4 deles falam sobre IA — e eu não aguento mais ler e ouvir sobre inteligência artificial.

Parece pandemia. Assuntos sobre IA estão por toda parte. Se não bastasse as imagens manipuladas usando inteligência artificial, matérias que você provavelmente lê por aí, também foram escritas por IA. Imagens, fotos de perfil e perfis criados 100% por IA. É uma verdadeira praga digital. Afinal, existem pessoas que não sabem diferenciar o real do artificial — e isso era perfeitamente previsto.

Um sapo que toca violão e escuta rock

Acredito que vamos chegar a um ponto em que o conteúdo feito por humano (aquele natureba mesmo), vai chegar a extinção. Se não são os filtros que mascaram a verdadeira imagem das pessoas, são os conteúdos gerados por IA generativa que “se parecem” com real, mas não são. Eu vi um sapo tocando violão. Eu vi um pássaro usando chapéu dedilhando uma viola de doze cordas. É bonitinho, mas dê apenas 30 segundos de atenção para esse tipo de conteúdo e você nunca mais verá outra coisa na internet.

Deepfake é coisa do passado, a moda agora é conteúdo gerado

Antes da proliferação das IAs, era raro ver conteúdo gerado por inteligência artificial na rede. O deepfake, que também usa ferramentas de inteligência artificial avançadas, é um exemplo de como essa tecnologia poderia chegar tão longe. E chegou! Na verdade, o termo “IA” são muitas coisas.

A inteligência artificial quebra o galho de muita gente, sem falar que uma boa ferramenta de IA pode reduzir o tempo em que você passaria pesquisando e executando atividades do dia a dia, reduzindo isso em poucos minutos ou até mesmo segundos. Mas não estou aqui para ressaltar a importância da inteligência artificial — mas sim de como isso tem tomado proporções gigantescas na internet.

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Eu vejo perfis com centenas de milhares de seguidores 100% gerados por IA. Quando confiro os comentários, todos eles acreditam se tratar de uma pessoa real na foto. Eu não estou falando do tiozinho que acabou de ganhar um smartphone e saiu por aí seguindo todo mundo na internet; nem do vovô que não sabe reconhecer uma imagem real de artificial. São pessoas que sabem até mesmo formatar um celular, mas não sabem reconhecer uma pessoal real de uma imagem gerada por IA.

Uma IA feita para você

Recentemente, passei com a minha família do McDrive e fizemos o pedido. Eu fiz questão de cronometrar o tempo de preparação do meu pedido. Sim, um menu para três pessoas não levou nem 4 minutos para ser entregue tudo quentinho e saboroso. Naquele instante, eu parei e pensei: a geração fast food foi quem impulsionou as IAs. Vimos isso nos vídeos verticais.

Ninguém consegue mais assistir um vídeo de 10 minutos no Instagram; 30 segundos é o bastante e aqueles de 60 segundos parecem longos demais. O conteúdo manipulou os nossos gostos e formatos. Afinal, se você não se adaptar ao formato vertical você não chega ao seu objetivo final. A IA faz por você — e isso, é graças a você. Mas e você, ainda aguenta mais uma rodada de IA na sua timeline?

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Por trás do Blog: esse é um novo quadro sobre “experiências digitais”. Toda semana, mergulharemos em temas controversos sobre tecnologia, IA, privacidade e as nuances do mundo digital. Aqui, compartilharemos reflexões e vivências cotidianas que muitas vezes passam despercebidas — aquelas que acontecem em um café, no drive-thru ou durante uma interação aparentemente banal, mas que revelam o impacto de uma era movida por telas, cliques e resoluções.