A plataforma vai detectar e remover imagens geradas por inteligência artificial e conteúdo amador de abuso infantil; saiba mais.
O Telegram, popular aplicativo de mensagens instantâneas com mais de 950 milhões de usuários ativos mensais, anunciou uma campanha em parceria com a Internet Watch Foundation (IWF), organização sediada no Reino Unido, para combater a disseminação de imagens de abuso sexual infantil. A iniciativa visa reforçar a detecção, remoção e bloqueio desse tipo de conteúdo no aplicativo.
De acordo com a IWF, o Telegram usará ferramentas avançadas e bancos de dados fornecidos pela fundação para identificar e eliminar proativamente imagens de abuso sexual infantil, além de impedir sua circulação.
A parceria foi anunciada em meio a pressões legais enfrentadas pelo fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov. Naturalizado francês, Durov foi preso em agosto no aeroporto de Paris, acusado de não agir contra conteúdos extremistas e terroristas compartilhados na plataforma, além de alegações sobre a inércia em combater imagens de abuso infantil. Liberado sob fiança de 5 milhões de euros (cerca de R$ 31,9 milhões), Durov comprometeu-se a intensificar os esforços contra todo tipo de conteúdo ilegal no aplicativo.
Derek Ray-Hill, presidente interino da IWF, ressaltou que o Telegram tem potencial para barrar a disseminação desse material em sua plataforma. Desde 2022, a organização identificou milhares de casos de conteúdo abusivo no Telegram, os quais foram prontamente removidos pela equipe do aplicativo.
Segundo Remi Vaughn, chefe de relações com a mídia do Telegram, a plataforma já exclui centenas de milhares de materiais relacionados ao abuso sexual infantil mensalmente. O acordo com a IWF vem para consolidar e aprimorar os mecanismos de segurança existentes.
Lançado em 2013, o Telegram tem reiterado seu compromisso em cumprir as legislações europeias, preservando ao mesmo tempo a privacidade de seus usuários, ao se recusar a compartilhar informações pessoais. A medida reforça a postura do aplicativo contra a circulação de conteúdos ilegais e sua disposição em colaborar com instituições especializadas para garantir um ambiente digital mais seguro.
Com informações: Engadget