A nomofobia afeta jovens, adultos e adolescentes — e está ligado ao uso excessivo do smartphone, causando ansiedade e nervosismo.
Em uma cena de “As Aventuras de Tadeo e a Tábua de Esmeralda“, (Netflix), o personagem múmia fica 2 meses escondido no apartamento do explorador, Tadeo Stones, para não ser descoberto pelas autoridades dos Estados Unidos e do México.
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Tadeo Stones, responsável por encontrar e esconder a múmia em seu apartamento, deixa com ele mantimentos, bem como seu cartão de crédito e um telefone celular com acesso a internet. Durante o período, múmia fez do seu aparelho celular seu melhor companheiro, até que Stones retornou de sua viagem.
O filme apesar de ser divertido mostra uma realidade que hoje pode ser considerada como “Nomofobia“. No filme, a múmia em todo o tempo se mostra dependente do seu celular, quando se sente entediado e agitado depois de ficar alguns minutos sem usar o celular.
O que é Nomofobia
A nomofobia é o medo excessivo de ficar sem o celular. A expressão vem do inglês “no-mobile phobia” — que pode ser entendido como um transtorno de ansiedade ou medo extremo ligado ao desconforto por ficar longe do celular.
A nomofobia é um problema que se desenvolve sem que a pessoa venha perceber, sendo mais comum em jovens e adolescentes. Alguns sintomas incluem: ansiedade, inquietação, desconforto e nervosismo.
Como identificar a nomofobia
Vale a pena destacar que a nomofobia é um distúrbio multifatorial que pode se manifestar de várias formas, sendo elas:
- Stress e ansiedade: uma pessoa que fica ansiosa ou estressada depois de ficar algum tempo sem mexer no celular pode sofrer de nomofobia. Algumas pessoas se sentem nervosas ou desesperadas após ficar alguns minutos sem mexer no celular.
- Verificação constante do celular: verificar constantemente o celular para ver as notificações, atualizações ou mensagens recebidas mesmo em momentos inapropriados como quando está ao volante, em reuniões ou conversando com alguém pode ser um sinal de nomofobia.
- Isolamento social: o isolamento social em que a pessoa prefere ficar no seu canto mexendo no celular em vez de interagir com amigos pode estar ligado à nomofobia.
- Dormir com o celular ao lado: este, apesar de não ser um hábito saudável devido às ondas magnéticas que os smartphones emitem, uma pessoa que sofre de nomofobia não consegue desligar a internet do celular ou mantê-lo distante na hora de dormir. Outro comportamento que pode ser considerado como dependência do celular, é verificar o aparelho logo de manhã ao acordar.
Como tratar a nomofobia
Apesar dos sintomas, é importante ressaltar que o transtorno não foi reconhecido oficialmente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Mas é importante monitorar alguns hábitos em casos de dependência.
- Identifique o problema: como uma espécie de teste, qualquer pessoa pode fazer uma autoanálise para identificar o problema. Por exemplo: manter o celular distante por alguns minutos causa ansiedade, inquietação ou irritação? Isso pode ser um sinal de nomofobia.
- Desative a internet antes de dormir: desligar a internet na hora de dormir pode auxiliar na qualidade do sono. Mesmo no modo silencioso, alguns smartphones possuem fortes ondas de vibração.
- Estabeleça limites de uso: estabeleça um tempo de uso do celular. Se você estiver com amigos, dê prioridade ao diálogo e tente se desconectar.
- Busque ajuda, se necessário: se, contudo, você perceber que não consegue parar de mexer no celular, mesmo estando com amigos ou com as notificações em dia, tente adotar novas práticas já antes mencionadas ou peça ajuda de um amigo ou familiar.